Há-de chegar o dia, o momento, a ocasião em que teus olhos em mim cairão.
Pequeno desvio temporal, em que por escassos segundos, o Sr. Destino se distraiu, como já o fizera antes, e é nessa pequena brecha ocasional, que tu me olharás e tentarás decifrar o meu pensamento. Em vão.
E tentarás ler-me os movimentos. Em vão.
Tentarás com certeza esquivar-te à razão, esquivar-te à explicação, à tentação…
E nesse pequeno momento de distracção, momentos serão revividos, vividos…
…e morrerão.
Morrerão, tal como outrora morreram.
E nesse pequeno momento de distracção, desejarás que o Sr. Destino permanecesse eternamente distraído…
Mas serão apenas desejos num mero encontro ocasional, e os momentos revividos, vividos, desejados, morrerão na escala do tempo. E nem tu, nem eu, nem mesmo o Sr. Destino ou amigos criativos os poderão manter vivos.
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