Quem fui, quem sou, quem serei...

De cor verde-esmeralda são os olhos de quem chora, de quem ri, de quem sonha. De quem espera pelo inesperado. De quem sabe que não há impossíveis, mas que acredita na impossibilidade do possível. Na cor verde-esmeralda, habita um presente cinzento e um futuro cintilante. Filha do vento e da brisa, inconstante. Filha da brisa e do vento…

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

O tempo foi passando, o teu tempo, o meu não.
O teu foi vivendo, como sempre vivera, dias, horas, meses e minutos sem parar, sem sequer pensar que algures por aí estaria um tempo, o meu, parado perdido no meio desses dias, dessas horas, desses meses e minutos.
O meu tempo, antes do teu tempo o parar, até então era composto apenas por segundos em reboliço constante, uma agitação que de tão agitada trocava os dias, os minutos, os meses e as horas por segundos.
Um tempo que não parava...
...e que não chorava.
O tempo passa, o teu, porque o meu não.
Porque deixaste o teu tempo avançar sozinho sem o meu?
Porquê???
Porque fizeste o teu tempo cruzar o meu se sabias que nunca iriam bater as doze badaladas em simultâneo?
Porque me deixaste acreditar que te faltava um ponteiro, o ponteiro dos segundos, aquele que eu tinha no meu relógio e que agitadamente marcava o ritmo da minha vida?
Porque me fizeste chorar lágrimas que não param de rolar, e que nem mesmo o teu tempo que passa sem parar as faz secar?
Disseste-me que nunca me irias magoar...
Porquê???
Num mar de perguntas e porquês me banho todas as noites, a tentar perceber porque não posso viver num tempo que é teu e tu num tempo que a mim me pertence. Mas será que alguma vez foi assim?
A dor é muita, tu não percebes, mas pior do que te amar e não te olhar, é amar-te desde o primeiro instante dos nossos dois tempos cruzados e ficar eternamente parada no meu tempo que não anda, sem saber se durante o tempo em que julguei viver no teu e tu no meu, se foi realmente assim, ou se terá sido apenas um sonho sonhado por mim.
O meu tempo parado, congelado, suplica então ao teu em andamento largo que me diga se algum dia os nosso dois tempos estiveram realmente cruzados, ou se fui apenas um relógio daqueles baratos, daqueles que se usa temporariamente enquanto o nosso relógio não volta a estar na moda.
E o teu tempo anda que se farta, enquanto que o meu parado ficou na lembrança de um abraço dado lá atrás no tempo comum.


BEIJO

11 comentários:

Anaconda disse...

Os ponteiros do relógio medem o tempo em unidades diferentes. E ainda assim sobrepõem-se várias vezes por dia. Não deixes parar o mecanismo e acredita nesses instantes de sobreposição em que ambos os ponteiros parecem um só e apontam numa única direcção.

Bjo

Esmeralda disse...

Anaconda, por mais que diga que a minha vela com chama de esperança se apagou, não acredito. Digo-o apenas porque tenho que o dizer, porque apesar de saber que jamais em tempo algum terei de novo em meus braços o homem que AMO, sinto (um sentir muito forte)que não devo desistir de tentar reacender a tal chama de esperança.
Este meu sentir chamado AMOR, é tão forte que não sai de dentro de mim, apesar de o homem que AMO ter desaparecido fisicamente da minha vida ha já alguns largos meses.
Já não sei o que fazer mais para o esquecer, e neste campo, o do esquecimento, o tempo não me está a judar nada.
Bem pelo contrário...
Obrigada pelas tuas palavras.
beijocas

Esmeralda disse...

Anaconda, por mais que diga que a minha vela com chama de esperança se apagou, não acredito. Digo-o apenas porque tenho que o dizer, porque apesar de saber que jamais em tempo algum terei de novo em meus braços o homem que AMO, sinto (um sentir muito forte)que não devo desistir de tentar reacender a tal chama de esperança.
Este meu sentir chamado AMOR, é tão forte que não sai de dentro de mim, apesar de o homem que AMO ter desaparecido fisicamente da minha vida ha já alguns largos meses.
Já não sei o que fazer mais para o esquecer, e neste campo, o do esquecimento, o tempo não me está a judar nada.
Bem pelo contrário...
Obrigada pelas tuas palavras.
beijocas

Edu disse...

Tu estas parada nesse momento , mas o teu relogio continua sem parar. Espero que quando olhares para ele, não tenha ja passado tempo demasiado.
bjinho

Esmeralda disse...

Edu, não consigo sair da jaula temporal onde me encontro.
Já tentei de tudo,tentei outros momentos,tentei não pensar, tentei falar, tentei mudar até de ar, mas as grades da jaula são mais fortes que eu.

beijocas

Anónimo disse...

Menina bonita, não gosto de te ver assim... perdida num tempo que não te pertence.
Vai à procura de um tempo de primavera que te dê a felicidade que mereces. E esses restos de invernia pelos quais suspiras só te fazem mal ao coração. Liberta-te deles, atira-os ao vento, e busca a luz que te ilumine a escuridão da tua noite. Há tantos lugares bonitos por aí... não te acomodes a esses lugares que te amargam a alma.
Luta por esquecer essa tortura. Sê forte e corajosa e uma nova aurora despontará.

POr favor não me leves a mal as minhas palavras... é só porque não gosto de ver ninguém chorando pelos cantos quando pode ter um mundo à sua espera.

Grande abraço

Esmeralda disse...

Querida Perla, não levo nada a mal.
Mas porque dizes que não me pertencem?
Largarei sim, mas apenas quando tiver a certeza que realmente não me pertencem, e que nunca me pertenceram.
Largarei sim, no dia em que ouvir da boca de quem tenho que me desligar, os motivos que me fazem chorar. Os verdadeiros motivos, não as desculpas sem nexo e que não encaixam.

beijocas e obrigada

poetaeusou . . . disse...

*
o tempo do tempo
no tempo,
díspares
nos vários tempos,
,
parabens e obrigado,
pelo poste,
,
conchinhas te envio
,
*

Anónimo disse...

Para se esquecer, o melhor é não pensar.
Não forces a palavra esquecer, vive cada dia como mais um dia sem pensar na palavra atrás descrita, porque quando mais tentamos, menos o conseguimos.
Acredita que quando menos esperares a felicidade estará ao teu lado. Não só porque mereces mas a vida é feita disso mesmo,hoje choramos amanhã...rimos.
Coragem e pontapé para a frente.
alzirota

Esmeralda disse...

Olá Poeta.
Obrigada de quê?

beijocas

Esmeralda disse...

Alzirota:
OBRIGADA AMIGA!!!

beijocas