Pela primeira vez desde todo um sempre, contei o que se passa dentro de uma, duas, três, quatro paredes, a minha casa, a minha vida, a minha sina.
Pela primeira vez fui capaz…
…há sempre uma primeira vez para tudo, até para contar.
Contei, abri a alma, o meu ser, abri-me como quem abre uma garrafa cheia de pressão prestes a rebentar.
Abri-me, contei…
Soube-me tão bem.
Obrigada a ti que me “ouviste” e não me viste, obrigada a ti que me deixaste chorar lágrimas aprisionadas por um medo, uma vergonha sagaz.
Não imaginas, ninguém imagina, nem mesmo eu talvez, o quanto me ajudaste.
Mais não te consigo dizer…
…apenas deixo aqui a marca do meu enorme OBRIGADA.
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10 comentários:
Ainda bem. Libertar certas coisas faz muito bem ao espirito.
bjinho
Nem imaginas o quanto me soube bem, o quanto me aliviou falar com este amigo a quem dedico estas palavras.
beijocas
Eras como que uma tarde nublosa e tempestuosa, sufocante pela acção do calor doentio e da humidade opressora. De repente liberta-se a pressão, sob a forma de uma violenta trovoada e de uma enorme descarga de água e ficamos... libertos, leves, como a bonança que se segue à dita tempestade.
Bjo
Essa tempestade de que falas ainda não saiu de dentro de mim.
Consegui sim expelir uma pequena chuvinha de outono, o resto doí, doí tanto que não sai.
Também não tem mais com quem sair...
beijocas Anaconda e bom fim de semana
Quando guardamos as coisas, estas agigantam-se... tomam proporções desmedidas.
É sempre bom desabafar... ouvir a pessoa com quem desabafamos.
Quem está de fora das situações, vê as coisas com outro discernimento.
Fizeste bem.
Um beijinho *
Há sempre uma primeira vez...
recordo-me do meu desabafo...também!
Beijinho.
Ter "ombros" que nos deixam encostar a cabeça é um privilégio!
:))
*
a libertação do ego . . .
,
conchinhas, deixo,
,
*
Há dias também eu contei assim ao ombro de uma amiga... as minhas quatro paredes.
Sabe bem ter "ombros"...
...o pior é quando começamos a evitar esses "ombros" apenas porque sabem o que nos atormenta.
beijocas Pecador.
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