Quem fui, quem sou, quem serei...

De cor verde-esmeralda são os olhos de quem chora, de quem ri, de quem sonha. De quem espera pelo inesperado. De quem sabe que não há impossíveis, mas que acredita na impossibilidade do possível. Na cor verde-esmeralda, habita um presente cinzento e um futuro cintilante. Filha do vento e da brisa, inconstante. Filha da brisa e do vento…

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Desabafos de uma tarde solarenga...

A carta que uma vez te escrevi...
Tudo deveria ter ficado por ali...
...mas não, teimei, teimei, quis sudir mais alto, tentar alcançar-te.
Tu deixaste-me subir, deixaste que te alcançasse.
Para quê?
Para ser alvo da tua chacota, verdadeiros momentos de risada te proporcionei.
Elevaste-me, elevaste-me a auto-estima, só para me veres cair...
A carta que te escrevi um dia, e que nunca mais irei escrever igual ou parecida!


Não sei o que é que se passa, mas alguma coisa aconteceu. Algo mudou…
…em mim, em ti, em nós.
Não vou fazer perguntas, não tenho esse direito, mas sinto-nos naufragar, sem sequer ver onde foi que embatemos.
O silêncio é interrogativo, pelo menos para mim.
Não ponho em causa rigorosamente nada, nem sentimentos, nem emoções, nem desejos (oh sim, desejos), nada.
O tempo a seu tempo se encarregará de me explicar e quem sabe acalmar as minhas inquietações.
Nada de lamentações, de nada me lamento nem de nada me arrependo.
O que eu sinto?
Tudo e nada.
Impotência por nada poder fazer para te ajudar, para te compreender.
Mas talvez seja melhor assim…
Estarei a impor-me?
Diz-me que não, por favor. Detestaria saber que algum dia impus a minha presença na vida de alguém, gosto de me sentir como uma brisa, uma brisa calma que vai e que volta, que vai e que volta…
…e que deixa uma suave sensação de felicidade.
Nunca serei vento, que vai e que torna a voltar devastando tudo em que toca.
Prefiro, não! QUERO ser uma brisa!
Quem sabe?
Quem sabe se a minha presença na praia faz revirar as ondas do mar em que te encontras.
E se me afastar?
E se me afastar elas acalmarão, o mar volta a serenar?
Talvez me esteja a dar demasiada importância, talvez não seja uma brisa mas uma das muitas brisas, sinceramente é como uma brisa, a brisa, que me tenho sentido nos últimos tempos.
O silencio… Os silêncios…
Não tenhas medo, respeitá-los-ei. Acima de tudo, o respeito, o teu espaço, a amizade ou não, o teu bem-estar, a tua vida.
Respeitá-los-ei!
E se forem (os silêncios) o começo de um fim, acredita que irei aceitar, respeitar e acalmar, e se involuntariamente me tenha comportado como o vento, desculpa, voltarei a ser brisa, e mesmo se tiver que deixar de ser brisa, deixarei.
Deixarei…
Respeitar-te-ei…
Respeitar-vos-ei…
Respeitar-te-ei, porque ao respeitar-te estarei a respeitar-me, estarei a ser eu, estarei a crescer, estarei a amar-me.
Recordarei…
Recordarei tudo de bom que há para recordar, os sorrisos, os momentos de atrofio, as palavras, as gargalhadas, os medos e receios, os maus feitios, os sítios...
...as minhas descobertas, as conversas, tudo isto e mais alguma coisa será por mim recordado com um sorriso repleto de felicidade nos lábios, porque tudo isto que eu vivi...
... já nada nem ninguém me apagará da memória.


A carta que te escrevi um dia, e que nunca mais a irás ler!!

3 comentários:

Bruno Carvalho disse...

A mim parece-me mais um conto de amor perdido que propriamente uma carta de... não sei, talvez amor. Não podes ficar ressentida pela mudança, apesar de poderes sempre optar pela vingança, desde que esta seja bem direccionada. Penso que usas bem as palavras, apenas não gosto das repetições que fazes dessas palavras mas cada um tem o seu modo de escrever.

P.S.: Obrigado pelo comentário no meu blog ^^

Esmeralda disse...

De nada. Volta sempre.

Liana Andra Marques disse...

Fazes lembrar-me uma amiga que conheci, nos teus sentimentos, na tua maneira de escrever.

Parabéns pelo blog. Um beijinho