Quem fui, quem sou, quem serei...

De cor verde-esmeralda são os olhos de quem chora, de quem ri, de quem sonha. De quem espera pelo inesperado. De quem sabe que não há impossíveis, mas que acredita na impossibilidade do possível. Na cor verde-esmeralda, habita um presente cinzento e um futuro cintilante. Filha do vento e da brisa, inconstante. Filha da brisa e do vento…

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Desobri agora, neste momento, enquanto me revia nas mágoas, desabafos e alegrias de outros e outras como eu, que ainda não me és indiferente.
Ainda bates cá dentro, tão forte como o susto que ainda à pouco me pregaram.
Dei por mim, embebida nas palavras esquecidas e gravadas por dedos tão parecidos ou iguais aos meus, e chorei.
Choro por mim, por nós, mas acima de tudo por ti...
Os meus pensamentos deixaram de ser apenas pensamentos, já os digo, grito em voz alta em voz bem alta sem me preocupar que a ruídosa dor possa acordar quem por ela for tocada.
Olho um vazio. Olho um vazio noite e dia sem me encontar. Sim, sem me encontar, porque não é a ti que procuro no vasto escuro, é a mim que procuro.
Não me encontro. Encontro ideias, montes de ideias saltitantes que me fazem temer pelo meu “eu”. Ideias mirabolantes geradas por um misto de saudade, tanquilidade, odio e rancor.
Continuo a olhar e a chorar, porque agora acabei de descobrir que ainda te quero amar, ainda te quero tocar, beijar , abraçar...
Quero, apenas isso, quero, só isso, não passará de uma vontade, não passará...
Não passará apenas de uma vontade repito, porque mais tarde o voltar a chorar por ti nas minhas páginas está completamente interdito.
Choro por ti, porque em mim o perdão tem vindo a nascer aos poucos, mas isso tu nunca irás saber.
Choro por mim, pela minha enorme ferida que não cicatriza, que não me deixa dizer-te “esqueci tudo, esquece tu também”.
Choro por nós, porque sim, existiu e existe um nós, choro pela vegonha que sentes e que te faz esconder o erro que cometeste, e que te esconde num aglomerado de arranha-céus feitos de lego impedindo-te de construires casinhas em betão. Choro por ti, pela tua falta de coragem em olhares para mim, “desculpa”....
E com isto tudo, com lágrimas, gritos, vergonhas e perdão, a minha vida parou, parou em tudo, não sei que caminho escolher, não consigo escolhe-lo, nem queres tu que eu escolha algum a não ser o teu.
E com isto tudo, amarguei, o doce sabor que tinha azedou, e com isto tudo remo contra a minha maré.
E com isto tudo, descobri que nunca mereceste, que não mereces, nem nunca irás merecer, o amor que te dei, que te dou e que secretamente te darei.
E com isto tudo, continuo a velar por ti...
Dorme bem. Bons sonhos.

6 comentários:

Edu disse...

Pois tambe mpara que precisam de saber que ainda nos correm nas veias?
Cada vez gosto mais deste teu cantinho , ainda por cima verde...sempre o verde...
bju

Esmeralda disse...

É um pau de dois bicos Edu...
Se tivermos coragem para contar, poderemos ser felizes de novo, ou não. Se não tivermos essa corage, essa vontade, e felicidade demorará a chegar,mas chegará.

Como vez...
...acho que irei optar pela segunda.

beijinhos e volta mais vezes.

Edu disse...

pois, eu gosto mais da primeira, mas como podes ver nem sempre da frutos. No meu caso dificilmente iriam dar de qualquer forma.
bju

Esmeralda disse...

No meu também...
Sou corajosa, mas muito mais orgulhosa, mesmo que engolisse o orgulho e a coragem surgisse, não iria ser feliz com quem amo, com quem adoro.
Porque eu sinto o que sinto e digo, digo isto e muito mais, mas quem um dia disse que me adorava, que precisava de mim, disse porque era bonito dizer.
Daí saber que mesmo engolindo o orgulho, nunca seria feliz…
Edu, acima de tudo temos que NOS AMAR!

Edu disse...

Claro eu eu tenho muito respeito por mim tambem. Sempre tive. O mal é outro não é que não goste de mim ou me rebaixe, nunca o farei. MAs depois de saber que sou amado e não poder amar...é dificil.

Esmeralda disse...

O não poder amar tem muitas razões. Mas quando se ama e não se quer porque se prefere simplesmente não amar sem justificação adequada, deita qualquer um que ame abaixo.