Não consigo!
Onde estão os furacões, as emoções, a força que de mim emana?
Onde estás força? Não me deixes…
Fraquejei, fui fraca, tentei tocar-te mesmo que de longe. Não posso querer tocar-te, és fruto proibido no meu rol de regras e leis, de vidas vividas…
Porque me destruíste assim? Que tipo de jogo jogaste? Deu-te prazer pelo menos?
Porque me destruíste assim?
Que vil homem és tu, que brinca, que joga, que baralha quem menos espera?
Que tipo de homem és tu senhor de caprichos malvados, que cativa, que faz apaixonar, que detêm o olhar no olhar para depois magoar?
Á vil homem, se te pudesse contar, as vezes que por ti me dou a chorar, as vezes que por mim me dou a lamentar…
Mas tu sabes, não precisas que estórias te queira contar, não precisas que nelas mais tarde venhas a entrar.
Pois tu sabes o mal que fazes, o mal que queres fazer apenas por caprichos de menino mimado, de senhor frustrado!
Senhor frustrado que luta contra torres de pedra e cal, luta, luta e quando enfim encontra uma rasga de luz calma, amena, quente, sonhadora, encaracola-se até ficar redondinho e na rasga de luz conseguir penetrar.
Conseguiu penetrar o vil senhor frustrado, para quê?
Para apenas deixar que nele se aninhassem e depois rolar sem parar o menino mimado de caracol tornado.
Porque o fizeste? Porque me destruíste?