Um encontro, alguns encontros.
Um beijo, muitos desejos…
…não podes ser meu, ao coração de alguém pertences.
Insisto, insistes, o teu ser, o vosso ser não está bem.
És meu, ao meu coração pertences, ao teu coração pertenço.
Insistes, insisto, sou toda tua.
“Sou todo teu”…
“Fazes-me bem” …
“Preciso de ti”…
Até quando?
“Para sempre!”
Até quando?
Até o vosso ser, ser desfeito.
Até seres apenas um, sem mais nenhum.
Até ouvires, sou toda tua, para sempre.
Até o ouvires…
…ouviste.
O meu para sempre, para sempre o é, o teu para sempre já se foi no vento.
Com a tua crueldade, o meu desalento ficou marcado nos traços e pinceladas do tempo.
Nos traços do tempo ficará esborratada uma tela em branco, a tela das tuas palavras nunca ditas.
Com crueldade, pintaste um enorme ADEUS com tinta visível apenas por ti.
Esqueceste-te que nem todos os olhares vêm o mesmo transparente com tanta nitidez com que o teu olhar o vê.
Esqueceste-te…
Não!
Não te esqueceste, nem te esqueceste que a tinta era incolor, apenas escolheste o tom, de modo a não ser visto, enxergado.
Apenas escolheste um único tom, o tom que dissimulasse os meus risos, as minhas esperanças, as minhas alegrias, sem que eu o conseguisse ver.
Ofereceste-me o branco da tela, para que um dia com um pincel de tinta verde colorida contorne os vazios por ti deixados, completando um quadro que abrilhantará a tua vida.
Poderá o pincel que me passares para a mão ser tão transparente e translúcido como o teu?
Poderá…
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
2 comentários:
Ofereceste-me o branco da tela, para que um dia com um pincel de tinta verde colorida contorne os vazios por ti deixados, completando um quadro que abrilhantará a tua vida.
Intenso. Gostei.
Obrigado pela tua visita.
Beijinho. Posso voltar?
Claro que sim! :)
E eu...
...posso voltar?
Enviar um comentário