Quem fui, quem sou, quem serei...

De cor verde-esmeralda são os olhos de quem chora, de quem ri, de quem sonha. De quem espera pelo inesperado. De quem sabe que não há impossíveis, mas que acredita na impossibilidade do possível. Na cor verde-esmeralda, habita um presente cinzento e um futuro cintilante. Filha do vento e da brisa, inconstante. Filha da brisa e do vento…

sexta-feira, 13 de junho de 2008

- Sabes que te adoro, não sabes Mar?
- Céu, podes ser meu?
- Não posso Mar, estou bem mais elevado que tu.
- E isso importa?

Olha a linha do horizonte…
…tocamo-nos, envolvemo-nos, unimo-nos num só.

- Não posso Mar, não insistas, eu sou de um azul belo, galanteado pela Lua,

perseguido pelas Nuvens, apaixonado por todas as Estrelas que em mim repousam.
- Mas Céu…
…deixo de lado a minha translúcida incolor, adaptar-me-ei ao teu azul

cintilante.
Seremos iguais.
- Sabes que te adoro, não sabes Mar?

Sorrindo, Mar beija o Céu

- Adoro-te Céu!
Ama-me Céu…
- Mar, e as minhas Nuvens, as minhas Estrelas, e a Lua, a bela Lua.
Não posso…
- O Sol encarregar-se-á das tuas mulheres…
- Impossível Mar, eu sou melhor que o Sol. Eu sou o melhor.
Além disso, tu sabes que te adoro. Não sabes?
Não precisas de estar insegura…

De novo o beijo surge, olhares se cruzam, e em sintonia, Céu e Mar se confundem.

- Quero ficar contigo Céu…
Sou toda tua Céu…

- Sou todo teu Mar.
Quero ser pai do teu peixinho.
- Não digas isso Céu que eu acredito.

- Céu, vou sempre ser tua.
- Gosto das tuas ondas. Fica comigo esta noite Mar, preciso de ti, fazes-me bem…
- E nós Céu?
- Eu procuro-te, vou ter contigo.

Na alegria imensa de Mar gerou-se mil ondas, repletas de esperança, repletas de conchas brilhantes ao luar.
E o Céu?
Céu nunca mais visitou Mar, nunca mais lhe falou, nunca mais lhe brilhou…

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