- Sabes que te adoro, não sabes Mar?
- Céu, podes ser meu?
- Não posso Mar, estou bem mais elevado que tu.
- E isso importa?
Olha a linha do horizonte…
…tocamo-nos, envolvemo-nos, unimo-nos num só.
- Não posso Mar, não insistas, eu sou de um azul belo, galanteado pela Lua,
perseguido pelas Nuvens, apaixonado por todas as Estrelas que em mim repousam.
- Mas Céu…
…deixo de lado a minha translúcida incolor, adaptar-me-ei ao teu azul
cintilante.
Seremos iguais.
- Sabes que te adoro, não sabes Mar?
Sorrindo, Mar beija o Céu
- Adoro-te Céu!
Ama-me Céu…
- Mar, e as minhas Nuvens, as minhas Estrelas, e a Lua, a bela Lua.
Não posso…
- O Sol encarregar-se-á das tuas mulheres…
- Impossível Mar, eu sou melhor que o Sol. Eu sou o melhor.
Além disso, tu sabes que te adoro. Não sabes?
Não precisas de estar insegura…
De novo o beijo surge, olhares se cruzam, e em sintonia, Céu e Mar se confundem.
- Quero ficar contigo Céu…
Sou toda tua Céu…
- Sou todo teu Mar.
Quero ser pai do teu peixinho.
- Não digas isso Céu que eu acredito.
- Céu, vou sempre ser tua.
- Gosto das tuas ondas. Fica comigo esta noite Mar, preciso de ti, fazes-me bem…
- E nós Céu?
- Eu procuro-te, vou ter contigo.
Na alegria imensa de Mar gerou-se mil ondas, repletas de esperança, repletas de conchas brilhantes ao luar.
E o Céu?
Céu nunca mais visitou Mar, nunca mais lhe falou, nunca mais lhe brilhou…
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