Quem fui, quem sou, quem serei...

De cor verde-esmeralda são os olhos de quem chora, de quem ri, de quem sonha. De quem espera pelo inesperado. De quem sabe que não há impossíveis, mas que acredita na impossibilidade do possível. Na cor verde-esmeralda, habita um presente cinzento e um futuro cintilante. Filha do vento e da brisa, inconstante. Filha da brisa e do vento…

sábado, 26 de julho de 2008

Quando riste a bom rir, aquele rir que te faz dores de barriga?

Não me lembro, há um ano que não sei rir assim.
Entristeci, morri por dentro e por fora.
Deambulo por aí…
…entristeci.
Sempre me protegi, rindo, brincado, cortando o mal pela raiz, sem nunca me apaixonar. Era feliz assim!
Recusava-me a amar, não o queria para mim.
Era feliz, muito feliz assim!
Apareceste…
Encarei-te como um riso, uma brincadeira igual a tantas outras. Um mundo mágico, que breve, breve iria acabar. Achava eu…
Não era suficiente para ti, querias mais.
Dizias: “A tua vida vai mudar, antes de mim e depois de mim. Depois de mim será tudo diferente para ti.”
E eu, eu ria a bom rir.
Mas tu insistias…
…querias mais. Muito mais.
Querias…
…passado.
Quando conseguiste, quando conseguiste o antes de ti e o depois de ti, fugiste.
Roubaste-me o riso, o sorriso, a vida.
Levaste contigo o melhor de mim.
Plantaste em mim, na minha alma, em todo o meu ser, o verdadeiro sentido de Mulher.
Contigo aprendi a viver apaixonada, contigo aprendi a amar, contigo aprendi a partilhar tudo de mim, tudo em mim.
E tu fugiste, rindo, deixando-me a naufragar num mar de lágrimas, sofrimento, dor e solidão.
Depositaste em mim a esperança de um dia saber viver a dois, aqui ou bem longe, mas a dois.
Disseste-me um dia, que se me evaporasse, me procurarias, me tornarias líquido e mais não me deixarias transformar em vapor.
Nunca o fizeste, e eu por ti fi-lo tanta vez…
Porquê o “antes de ti e depois de ti”?
Porquê?
Eu não quero mais sofrer. Mas não te consigo esquecer.
Alegas que não te amo, que não te adoro, que sou simplesmente fixada em ti, uma fixação doentia.
Achas mesmo?
Achas mesmo, que se assim fosse teria feito por ti, tudo o que fiz?
Estás enganado, sempre estiveste enganado, só não te enganaste no que te devias ter enganado, o “antes de ti e depois de ti”.
E agora aqui, prostrada num leito de amargura, apenas sei que o único sentimento que por ti posso ter, poderei ter, é que sejas feliz.
E que um dia possa por ti passar e apenas sorrir, sem te desejar.
E que esse dia não demore a vir…

BEIJO

2 comentários:

Ana Marques disse...

A dor sempre dói, não importa quanto possamos fingir que não, quanto podemos fugir dela, quanto exigem que a superemos.

Obrigada por sua visita no meu blog.
O seu também é lindo.

Beijos.

Edu disse...

Se por vezes nem tu sabes a dimensão do que sentes como pode ele saber... Doi e da vida ao mesmo tempo tudo isso que sentes.Podes ainda não saber mas mais tarde vais perceber.