Tenho uma bola dentro de mim, que salta e salta…
Uma daquelas bolas saltitonas, feitas de borracha colorida e difíceis de parar quando se põem a saltar.
Esta minha bola é parecida, trocando a borracha por um emaranhado de vontades, e as cores por sentimentos.
Não sei, acordei assim…
…tenho a sensação de que durante o sono de sonhos engoli todo um mundo que chora e que ri, todo um mundo que vive e que morre.
A bola não pára de saltar…
…para cima e para baixo, cada vez mais alto, cada vez mais forte.
Tenho vontade de gritar todas as vontades e todos os sentimentos que fazem saltar a bola saltitona. Nem sei como a hei-de parar. Não me obedece…
Acordei assim…
Esta bola cada vez maior, que se vai alimentando de todos os pequenos e grandes sonhos engolidos, vai saltando, saltado, cheia de vontade de saltar mais alto, sair de mim e ecoar todo o seu recheio num mundo que ri e que chora.
Ela salta, salta, tentando libertar-se de mim. Bem queria que seus saltos fossem cada vez maiores com força suficiente para vir à tona. Bem queria…
Mas não me adianta querer, a força a minha bola saltitona tem, se tem…
Não tem é para onde saltar, não tem é onde ecoar toda a sua cor, todo o seu recheio.
Para quê deixá-la saltar até se soltar?
Mais vale deixá-la cá ficar, pode ser que um dia se canse e descanse.
Mas como eu queria soltá-la e dá-la a quem a faz tornar maior e mais colorida.
Como eu queria…
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3 comentários:
*
soberbo,
,
conchinhas,
,
*
Poeta.
Soberbo...
...e a minha bola não pára de saltar!
gostei mesmo muito deste.
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