Quem fui, quem sou, quem serei...

De cor verde-esmeralda são os olhos de quem chora, de quem ri, de quem sonha. De quem espera pelo inesperado. De quem sabe que não há impossíveis, mas que acredita na impossibilidade do possível. Na cor verde-esmeralda, habita um presente cinzento e um futuro cintilante. Filha do vento e da brisa, inconstante. Filha da brisa e do vento…

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Confundimo-nos, uma troca de respostas e contra-respostas, sempre confundidos.
Pensavas que eu era o alguém a quem o teu silêncio atingia como o silêncio que um alguém me atingia, e assim, nesta troca e baldroca a confusão nascias
Não eras o alguém que caprichosamente me enchia os pulmões de silêncio, não eras o alguém que um dia me fez crer na magia e no outro trocou o ar que respiro por silêncios mudos e surdos capazes de me enlouquecer sem nunca me perder nas estradas da loucura.
Não eras esse alguém. Ainda bem…
Mas eras alguém, que não o meu alguém, que silêncios idênticos a estes que me torturavam, oferecias como peças de um puzzle a um alguém que o completava até concluir que de puzzle nada tinha. O que tinha eram os teus silêncios.
Pelo menos o meu silencio continuava de mão dada com todo o meu relógio temporal, assim bem pertinho, olhava para as horas e que via eu, silêncios, os que lançavas não sei se continuavam, se continuam, perdi-lhes o rasto. Ainda bem…
Desta confusão de silêncios que nos confundia, nasceu uma troca de palavras com letras, daquelas que só algumas pessoas têm o privilégio de ler, de saber.
Eu escrevo muito…
…e tu muito lês.
Tanto que penso…
…porquê?
Não sei, nem quero saber.
Neste meu mundo de mil silêncios, os que me dão, os que faço questão de dar, aqueles que surgem diariamente porque ninguém tem nada com isso, aqueles que ouço e que calo, aqueles…
…são tantos, e no meio deles apenas sei que nunca contigo me “calo”, escrevo e tu lês, não fazes questão de me manter calada, nem eu de me calar.
Porquê?
Não sei, não sei mesmo, apetece-me escrever-te, contar-te, chorar e rir.
A ti que estás longe te ofereço não os meus silêncios, mas sim, uma pequena grande caixa onde poderás sempre que queiras depositar todas as letras que conseguires desenhar, quer no meio da tormenta com água a jorrar, quer num dia de sol fantástico ao som de músicas do vento.
A ti que estás longe, ofereço o que de mais belo tenho…
…a minha AMIZADE.

15 comentários:

Edu disse...

E eu aki recebo o com um sorriso a tua espera.
bijinho

Joaninha disse...

A amizade é o melhor que temos para oferecer :)

beijos

Pecadormeconfesso disse...

Como diz o poeta:~-
Amantes são dois meninos estragados com mimos

Esmeralda disse...

Pecadormeconfesso:

Não percebi o teu comentário...

poetaeusou . . . disse...

*
o silencio
é a autonomia do querer,
,
surdos silêncios cantantes,
deixo-te
,
///

Esmeralda disse...

Nem sempre Poeta! Nem sempre!

Mas este texto não é destinado a quem me faz silencio, aliás esses silencios já nada importam, já não sáo importantes, este texto é destinado sim a alguem que mesmo longe me "atura".

beijocas

Marias disse...

Olá Esmeralda! Obrigada pela visita que fizeste ao meu cantinho e digo-te que também gostei do que aqui li e vi de ti.


Há silêncios bons e maus ou menos bons.
Dos bons todos precisamos de vez em quando para pensarmos com o nosso eu, para decidirmos, para, simplesmente estar em silêncio, para...
Os outros todos preferimos não nos cruzar com eles porque nos fazem doer a alma.

Quanto aos silêncios de que falas ou pelo menos que eu percebi são silêncios que magoaram, que não deveriam ser por isso terminas por oferecer uma caixa mágica onde os silêncios ensurdecedores (sim que alguns também nos deixam surdos) não têm lugar, uma caixa mágica onde há partilha, comunicação, entendimento, uma caixa que todos gostariamos de ter, uma caixa cheia de amizade que entregas com doçura.
Não sei se este texto e esta entrega se destina a alguém em especial mas podes estar certa de que recebo e retribuo todos os amigos que vou gostando, aqui!...

Por isso... beijinhos deixo Amiga!...

mdsol disse...

Sortudo/a quem recebe tão grande e indiscutível disponibilidade da sua parte!
:)))

Chinha disse...

Quando ofertamos amizade, há sempre a espera de um retorno da mesma...Se for verdadeira concretiza-se.

bjinho

Anónimo disse...

Às vezes também me apetece dizer como Oswaldo Montenegro no poema "Metade": "E que o teu silêncio me fale cada vez mais".

Esmeralda disse...

E porque me dizes isso Perla?

Nem imaginas o quanto me doi o silencio que me fazem...
Já doeu de raiva por não saber porque o fizeram, porque nunca um não viera antes do silencio. Agora doi, porque não percebi muito bem (ainda) o porquê do silencio, mas acima de tudo, doi-me porque o silêncio é sinónimo de ausencia, ausencia presente e para todo o sempre.
Doi tanto Perla...

Beijocas

Anónimo disse...

Sei, amiga, sei bem o que doem certos silêncios...
mas é preciso dar a volta por cima e não se deixar absorver por eles, nem neles reter o pensamento. Afinal, às vezes, quem nos devota silêncios sai mais prejudicado porque com eles não se faz entender. Outras vezes, esses silêncios são uma forma de defesa pessoal ou de outrém. Mas tantas, podem esconder algo que nunca deverá vir à luz!

Beijinhos

Esmeralda disse...

Tudo deve vi à luz Perla. Ninguem merece, por pior que seja ficar na ignorancia, muito menos ser ignorado.
As palavras não me metem medo, prefiro, sim prefiro um não tamanho XXL do que ficar à deriva sem saber o que aconteceu, prefiro uma verdade cruel do que uma desculpa esfarrapada.

poetaeusou . . . disse...

*
por onde andas ?
,
conchinhas
,
*

Esmeralda disse...

Olá Poeta.
Por onde ando como assim?

beijocas