As frases que escrevia, não as escrevo agora.
As letras que me enchiam, que flutuavam ao sabor das emoções construindo sentimentos, já não flutuam, já não constroem.
Estarei a entrar no esquecimento?
Estarei a ganhar asas?
Não sei…
As letras tornam-se soltas, deixando um vazio intemporal, um vazio que conheço, um vazio que nem o tempo vindouro nem as memórias passadas poderão preencher.
E tudo poderia ter sido diferente.
As letras continuariam a construir frases, as frases emoções e as emoções sentimentos, sem nunca cair no esquecimento.
Mas não…
O buraco negro é bem maior que a minha força, e nele todo o abecedário caiu, e com ele tudo de bonito que te poderia escrever, dizer, contar…
Agora…
Agora, não sei, não te conheço, és um estranho, e aos estranhos não oferecemos linhas repletas de arabescos cintilantes, e aos estranhos não oferecemos parte de nós, não oferecemos a nossa alma, a nossa poesia, a nossa magia.
Os estranhos são estranhos seres que não sabem receber, que não sabem oferecer, que não sabem ler a magia das letras, a magia das frases, a magia do ser.
E ao estranho resta-lhe apenas as linhas que já foram escritas das histórias inacabadas e que não mais serão terminadas…
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1 comentário:
Essas letras que formam vagas frases para oferecer a estranhos, por vezes mas só por vezes tornam se vivas e mudam os estranhos de forma quem nem nos sabia-mos possivel. MAs tambem é verdade que as frases tem o apenas a força de mudar quem deseja ser mudado e voar.
kiss
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