Quem fui, quem sou, quem serei...

De cor verde-esmeralda são os olhos de quem chora, de quem ri, de quem sonha. De quem espera pelo inesperado. De quem sabe que não há impossíveis, mas que acredita na impossibilidade do possível. Na cor verde-esmeralda, habita um presente cinzento e um futuro cintilante. Filha do vento e da brisa, inconstante. Filha da brisa e do vento…

terça-feira, 17 de junho de 2008

Pediram-me que fechasse os olhos e descrevesse o meu melhor abraço…

Não preciso fechar os olhos, ele continua vivo, demasiado vivo dentro de mim…

O meu melhor abraço, foram muitos abraços dados por um único par de braços.
Bom, bons demais para descrever por palavras…
Quentes, fortes, silenciosos onde se ouviam apenas os meus mil e um pensamentos “rodopiantes” tal qual carrossel.
Foram abraços sensuais, e infantis ao mesmo tempo. Foram abraços corajosos que embalaram os meus medos, mas também foram cobardes ao calar as muitas palavras que deveriam ter surgido no momento….
Os braços que me abraçaram, o corpo que abracei, teceram um estranho elo feito de correntes de aço maciço, e por incrível que pareça, foi esse mesmo abraço que cortou a duradoura corrente.
E foi por o meu abraço, os meus abraços serem demasiado gostosos, que pensei:
“Sou demasiado grande para tamanho par de braços, sou demasiado boa para continuar aninhada num enlaço tão forte e tão frágil ao mesmo tempo…
…sou demasiado eu para continuar abraçada, para continuar a abraçar!”
Sou…
…mas o abraço que dei, o par de braços que me aninhou, continua vivo, muito vivo, num odor de paixão, de amor, que me percorre todas as noites, todos os dias no silencio da minha dor, da minha mágoa. Num silencio de nostalgia…
O último dos meus abraços, suou a verdade, a medo, a derrota, a vergonha, a insensatez. Suou a uma despedida calada apenas para o par de braços que me abraçou com força, muita força.
Calavas e abraçavas…
…era a última vez, e eu não sabia.


Era a última vez, e não mo disseste.
Foi o último abraço, e eu não o soube!

4 comentários:

Anónimo disse...

Mas guardou-o forte vestindo teu corpo com o calor que hoje aquece as lembranças.
dias lindos, flor
beijos
.
belas palavras suas

só nós os dois é que sabemos disse...

Se soubesses será que teria tido o mesmo gosto?
**

Esmeralda disse...

só nós dois é que sabemos...

Em parte sim, o gosto, o sabor já tinha sido adquirido.
Mas teria sido preferivel saber, magoaria-me muito menos e a minha vida não teria ficado revirada.
Além disso, de que vale ficar com um gostinho saboroso se nunca mais iremos provar?

Camareira disse...

Abraço, aconchego gostoso do corpo e da alma.
Belo Texto.

Beijos