(Conversa durante o almoço: abraços, carinho, aconchego…)
É tão bom um abraço, aquele abraço terno aconchegante, gosto tanto.
Eu também.
Eu não gosto.
Que mentira...
…como gosto.
Como gostava.
Como eram bons os teus abraços.
Eram!
Já não são, nem nunca mais serão.
Quentes, ardentes, seguros, apaixonados…
…os teus abraços.
Sinceros!
Tanto me disseram, tanto me contaram.
Sem nunca me olhares, sem nunca me soltares, sem nunca quebrares o aconchego, os teus abraços desmentiam o que verbalizavas.
Ainda sinto o último abraço. Aquele, bem apertado que me deste sem esperar.
Foi a despedida sem que nela falasses, foi a despedida de algo que não tinhas (tens) a certeza de querer perder.
O teu abraço traiu-te, voltou a falar por ti.
Mas foi a despedida…
Eu não gosto…
…que mentira!
Como sinto falta dos teus braços aconchegantes, da segurança (falsa) que transmitiam.
Mas foi a despedida!
Tu não gostas?
Não, não gosto!
Ai, eu gosto.
Eu também.
Pois…
…eu não!
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2 comentários:
A vida é uma passagem..ama-se luta-se umas vzes perde-se mas outras acaba por se ganhar na perda..
Livrementeoculta, acredita que ganhei muito com a minha derrota. Se não tivesse perdido, provavelmente as minhas lágrimas que agora começam a secar, nunca secariam. Porque eu, sim eu conheci, fui, o outro lado do "feijão frade".
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